sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Número de moradores de rua no DF cresce 40%



Moradores de rua população que cresce rápido na capital do país


Nos semáforos, estacionamentos, calçadas e embaixo de marquises de prédios, esses são os endereços dos moradores de rua, mas se quer são contados pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE). Segundo estimativa da Secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest), essa população aumentou 40% em um ano.
O Distrito Federal tem 2,5 mil pessoas dormindo nas ruas todos os dias, nem o albergue público com capacidade para 400 pessoas e os sete centros conveniados para acolhê-los teriam condição de abrigar essas pessoas.Mas a maioria deles preferem continuar na rua, onde segundo eles, teriam melhor qualidade de vida. ”Não sou mais usuário de drogas apenas do álcool, a ultima vez que fui em minha casa minha mãe me trancou no quarto para eu não voltar às ruas, mas o vicio pelo álcool me fez voltar . Não me considero uma ameaça para a sociedade pois trabalho para sobreviver, vigio carros, cato papelão e nunca roubei ninguém”, diz Fábio dos Santos, 29 anos e 15 anos morando nas ruas. Já Rafael de Souza, 26 anos, contou que é viciado e foi para as ruas porque foi expulso de casa, “Sou viciado em drogas e há cinco dias estou morando na rua porque meu pai morador da QNG 34 de Taguatinga Norte, me expulsou de casa, minha mãe mora na Colônia Agrícola de Samambaia”, diz Rafael.
Margarete Nogueira da Costa, coordenadora do Centro de Referencia de Assistência Social (Cras) em Taguatinga, explica que o trabalho prestado pelo governo através deste órgão é atuar na proteção social básica as famílias, “aqui. É uma unidade publica do governo responsável pela oferta de serviços para proteção social básica, as famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social, falta de alimento, provisões materiais, insegurança alimentar, cesta básica e aluguel”.
A realidade nas ruas é bem diferente. Em acompanhamento com a Equipe Expresso da Solidariedade, entidade da Fundação Renascer em Cristo que presta todas as segundas-feiras um trabalho de entrega de sopa, agasalhos, roupas, e encaminhamento aos centros de recuperação para pessoas viciadas em drogas. Segundo Maria do Socorro e Maria Helena, componentes do Expresso da Solidariedade confirmam os relatos anteriores e afirmam que as drogas são o principal fator que leva uma pessoa às ruas.
Os principais programas do governo estão sobre a responsabilidade do Sedest são Programa de transferência de renda, Bolsa Família, Bolsa Social, Cesta Básica, Bolsa Escola e o PPC que é um beneficio de prestação continuada, um salário mínimo para idosos e deficientes sem renda. O órgão também faz visitas domiciliares para famílias em situação de risco, reuniões de grupo, e alguns projetos como mestre do saber, cuidadoras comunitárias e auxilio funerário.
Para o delegado responsável pela operação de retirada dos moradores de rua na Asa Sul, coronel Lima e Silva, as ações do governo têm que ser mais amplas e permanentes. Ele defende uma política de moradia, educação e emprego para restituir a dignidade dessas pessoas. “À medida que o Estado conseguir fornecer a essas pessoas todos esses elementos de dignidade e humanidade, acreditamos que elas vão sair das ruas e vão para esses espaços onde serão mais felizes, onde recuperarão sua dignidade”, defende o coronel.

Andréia Souza e Sérgio Pastor

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