sábado, 29 de outubro de 2011

Analfabetismo atinge famílias carentes no DF

Mais de 83% das famílias pobres no Distrito Federal são beneficiárias nos programas de Transferência de Renda e Segurança Alimentar

por Marcia Caldeira


Brasília tem cerca de 2.606.885 habitantes, segundo dados do IBGE. É a cidade que possui o maior nível de desigualdade social principalmente nos padrões de renda familiar. Há uma estimativa de que ainda existem 93 mil famílias extremamente pobres no DF. Entre essas pessoas muitas não foram alfabetizadas por isso estão sem oportunidades de entrar no mercado de trabalho e vivem em situação precária.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Trabalho - SEDEST realiza ações que beneficiam crianças, adolescentes, jovens, adultos, mulheres, pessoas com deficiência e idosos. São vários programas para melhorar a qualidade de vida e possibilitar a inserção social da população. Estão envolvidas neste programa 15 secretarias em todo Distrito Federal com ações destinadas às famílias pobres.

Elisa Silva Araújo, 56 anos , viúva, tem dois filhos e quatro netos em casa, recebe R$ 120,00 do programa Bolsa família. “ Para nós este dinheiro resolve muitas situações, e bom a gente contar com ele.”confirma Elisa.

Maria Lucia da Silva, 52 anos , analfabeta ,chefe de família, tem cinco recebe R$ 70,00 do programa Bolsa família. “ é um dinheiro que ajuda bastante, pois em casa esta sempre faltando alguma coisa”.afirma ela.


Cerca de 162.500 famílias recebem algum tipo de transferência de renda. Dentre as pessoas contempladas nos programas 77% não trabalham; 11,3% são autônomos sem previdência social e 5,2% são assalariados com carteira assinada. As pessoas mais atingidas com o desemprego no Distrito Federal são trabalhadores com baixa escolaridade; jovens principalmente mulheres e os negros. As rendas mais baixas estão em: Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Paranoá, São Sebastião, Santa Maria e Recanto das Emas.

Segundo o Sedest, 23% das pessoas extremamente pobres no Distrito Federal são mulheres, chefes de famílias, com filhos e analfabetas. Sendo assim um dos problemas principais que levam as pessoas a viverem na dependência dos programas de transferência e renda é a falta de capacitação profissional e alfabetização.

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