sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Violência, acabe agora com isso

LIDIANE TELES FABIANE RODRIGUES 
Foi realizado em todo o Brasil, do projeto criado pela Igreja Adventista do 7º Dia, o Quebrando o Silêncio que já existe há dez anos. O objetivo da campanha sempre foi combater a violência contra os idosos, mulheres e crianças. E esse ano o movimento aborda o bullying.
Bullying é uma palavra em inglês, que traz o sentido de zoar, gozar, tiranizar, ameaçar, intimidar, humilhar, isolar, perseguir, igno­rar, ofender, bater, ferir, discriminar e colocar apelidos maldosos.
  Em 2011, o projeto Quebrando o Silêncio, realizado pelos adventistas do sétimo dia em todo o Brasil, vai conscientizar adultos, jovens, crianças e adolescentes sobre os riscos dessa prática. É a décima edição da iniciativa que envolve órgãos governamentais, igrejas e a sociedade civil organizada. Na ultima terça-feira, 29,
O professor da Escola Sabatina dos jovens, Emanuel Carlos, 38 anos, deixa claro que, a orientação ajuda muito no desenvolvimento espiritual.  Esse projeto demonstra que a IASD não está  preocupada apenas com o aspecto espiritual das pessoas, mas também com o social, alertando para a violência contra a mulher, a crianças e o idoso, e informando como e onde procurar ajuda. “Existem outros movimentos que também procuramos poupar o sofrimento de crianças e adolescentes que também merecem nosso apoio” ressalta Emanuel.
De acordo com Luciene Rodrigues de Araújo, desde os 13 anos ela sofre com esse tipo de preconceito, ela conta que pelo fato de ser morena e ter os cabelos bem lisos, os adolescentes da sua idade a chamavam de índia ou uga-uga, pois na época havia uma novela que tinha uma personagem assim. "Eu chorava muito e me sentia mal porque eu jamais gostei de apelidos", desabafa.
Ao nosso redor existem crianças sendo vítimas de bullying, sofrendo caladas, e com medo. Crianças que sentem pânico ao se aproximar dos colégios onde estudam, que precisam mudar de escolas várias vezes ao ano, que mesmo depois de se tornarem adultas, tentam superar os traumas vividos por terem sido rotuladas como "diferentes", tímidas, certinha da turma, gordinha como mamute, magras como Olivia palito, etc.
Grace Kelly Soares de Melo, uma adolescente de apenas 18 anos, conta que sofre muito na escola porque ela é muito tímida, muito calada não gosta de turminha e isso facilita as incomodações e os xigamentos. "Eles me chamam de parasita e santinha do pauco, fazem ameaças e quando vêm alguém, um adulto por exemplo, disfaçam e agem como se nada tivesse acontecido, sofro muito com tudo isso", conta.
Lucilene Lima da Cruz Britis, 40 anos, do Departamento do Ministério da Mulher da Igreja, informou que só aqui no DF e entorno foram distribuídos esse ano 18.000 revistas (adulto e infantil) e 25.000 folhetos informativos. Tivemos passeatas, caminhadas, shows com a Turma do Nosso Amiguinho, fóruns e dezenas de seminários em igrejas, escolas, praças e clubes de bairros.
Para Lucilene, não há um padrão comum em situações de violência, mas na maioria dos casos, são pessoas que foram criadas sem limites, parâmetros, com histórico de problemas com álcool ou drogas. Autoritárias demais, e usam isso como máscara para disfarçar sua insegurança. “Alertar a sociedade para o índice crescente da violência no nosso país, especialmente, dentro da própria família é nosso dever”, conclui.
Para a Psicóloga, Taline Santos, o bullying deve ser trabalhado diariamente com as vítimas e também com os agressores. "Os pais são os principais responsáveis na prevenção e combate ao abuso. O trabalho de conscientização deve começar em casa. Há casos que são gravíssimos e o prejudicado necessita de cuidados psicológicos com acompanhamento de profissionais. “É importante que providências sejam tomadas se houver confirmação da violência”, afirma Taline.

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