Janaina Oliveira
No país do futebol penta campeão, em terra de Péle, Ronaldos e Rivaldo, agora é vez de Marta e Cristiane, exemplos para jovens meninas que lotam a escolinha de futebol, Centro Esportivo Social Educando Atletas (CESEA) na comunidade de Água Quente a 43km de Brasília.
O centro esportivo conta atualmente com cerca de 30 atletas, que devido a diferencia de horários disponíveis treinam em turnos diferentes. Para o treinador Leandro de Araújo essa divisão faz com que essas meninas tenham que se juntar com meninos, tornando uma equipe mesclada de jogadores, o que para ele é uma forma de quebrar qualquer forma de preconceito que ainda possa existir. “eu mesclo eles como feminino e masculino, não é preconceito, eu estou treinando os dois juntos, preconceito se eu falasse vocês não vão treinar juntos”, diz o treinador.
As barreiras que o futebol feminino vem enfrentado para chegar até aqui já é histórico. Há 36 anos não poderia ser visto meninas e meninos jogando futebol juntos, nem mesmo só meninas, o decreto-lei 3.199 de 1941 trazia em seu artigo 54 a proibição a pratica do futebol feminino, “Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país”, diz a lei que perdurou até 1975.
Para a jogadora Caroline Kathllen de 13 anos, as barreiras e preconceitos já ficaram para trás e começar jogando com meninos é normal. “ Quando eu comecei a jogar bola foi na rua com os meninos e nunca tive problemas com isso”, relata Carol que comemora o aumento de meninas no CESEA.
A paixão pelo futebol é tanta que a jovem Priscila bezerra além de jogar, costuma estar atenta as regras que rege o esporte. “não pode pisar na linha quando vai cobrar escanteio ou lateral, o lateral tem que ser cobrado com o pé ou com a mão, quando a bola for recuada o goleiro não pode pegar com as mãos tem que pegar com o pé ou então é pênalti”. Ensina Priscila.
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